A vitória do filme “Ainda Estou Aqui” na categoria Melhor Longa Metragem Internacional no Oscar neste domingo (2) trouxe à tona uma discussão fundamental para o cinema: a importância da memória visual e fotográfica na construção de narrativas. A obra, estrelada por Fernanda Torres e Selton Mello, utiliza registros familiares e fotografias para compor sua ambientação e reforçar o peso do resgate histórico. O processo dialoga diretamente com o trabalho desenvolvido pelo Museu da Imagem e do Som do Paraná (MIS-PR), que tem sido um importante guardião de acervos e referência para pesquisadores e cineastas.
No Paraná, diversas produções já se valeram do acervo do MIS-PR para trazer à tona fragmentos do passado e apresentá-los sob novas perspectivas. Um desses casos é o livro “Tribunascope – de calçada da fama à guia da calçada: memória de um festival internacional de Curitiba”, dos historiadores Vidal Costa e Christina Pinto, da editora Factum. Os autores resgatam a história do Festival Tribunascope, o “Oscar de Curitiba”, evento que premiou produções nacionais e internacionais de 1960 a 1965, mas que foi gradativamente esquecido ao longo das décadas.