A Unicentro tem um papel importante para a ciência. Entre iniciações científicas, dissertações de mestrado e teses de doutorado, a universidade contabiliza 16.078 pesquisas realizadas desde o início de sua história, em 1990.
Somente no âmbito da iniciação científica (IC), que é o primeiro contato de estudantes com a ciência, foram 13.583 pesquisas desenvolvidas na universidade desde 1995, segundo os registros da Diretoria de Pesquisa (Dirpes). Atualmente, a Unicentro tem mais de mil estudantes fazendo IC.
A Unicentro incentiva a formação de jovens cientistas através de nove programas de IC com bolsas de estudos e um voluntário. Os programas institucionais de iniciação científica (Pibic), de iniciação tecnológica (Pibit) e de inclusão social (Pibis) são voltados a alunos de graduação. Além disso, estudantes de ensino médio também têm a oportunidade de desenvolver pesquisas antes mesmo de entrar na universidade, através da modalidade IC Júnior, no Pibic/EM.
Os temas da ciência produzida na Unicentro são os mais diversos. De acordo com a Diretoria de Avaliação (Dirai), a universidade tem 206 grupos de pesquisa cadastrados, que estudam sobre 679 diferentes assuntos. Essas pesquisas são lideradas por 528 professores pesquisadores da instituição. Em relação aos estudantes, em 2024 foram 1.741 desenvolvendo pesquisas, entre alunos de graduação, mestrado e doutorado.
“Nesses programas, os alunos vão desenvolver pesquisas, sendo orientados por professores da Unicentro. O processo de seleção é no começo do ano, no qual são cadastrados os projetos dos professores e dos alunos”, discorre o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unicentro, Paulo Roberto da Silva. “O aluno que desenvolve pesquisa na universidade sai muito mais preparado para o mercado de trabalho ou para continuar sendo um pesquisador. É uma chance de ter um diferencial após a formação”.
Uma das cientistas em início de carreira é a Sarah Miranda, acadêmica de Engenharia Ambiental que pesquisa o tratamento de água com ozônio. Para ela, fazer ciência é um dos caminhos para atingir seus objetivos profissionais. “Isso vai agregar no meu currículo e eu vou ter uma base maior para ir para essa área, porque é realmente onde eu quero continuar, nessa área de saneamento, de consultoria para essa parte”, conta.
Sarah é orientada pela professora Jeanette Beber de Souza, que há anos pesquisa sobre o tratamento de água e efluentes. “A desinfecção basicamente é realizada por meio do cloro nas estações de tratamento. Só que o cloro é um agente oxidante muito forte e tem alguns inconvenientes para o consumo humano. Então, eu estudo tecnologias alternativas ao cloro”, contextualiza a docente.
O tema de pesquisa da professora foi dividido em quatro ramificações entre suas orientandas de iniciação científica: enquanto Sarah está trabalhando com o ozônio, outra estudante testa a radiação ultravioleta, outra faz o tratamento da água com o próprio cloro e uma quarta aluna vai fazer o comparativo entre todos esses métodos. “Vamos avaliar custos, dificuldades tecnológicas envolvidas, eficiência da desinfecção”, explica a orientadora da equipe.
Essas experiências científicas proporcionam um conhecimento extra para além das aulas de rotina na graduação. “A gente vê como que é a aplicação, também a parte dos cálculos que a gente tem que fazer. A gente adquire mais conhecimentos e conhece mais a parte prática”, salienta a estudante Jeniffer Bianca Palhano, também orientanda da professora Jeanette.